terça-feira, 18 de novembro de 2008

As flores amarelas

Tenho ido trabalhar a pé algumas vezes. Meu médico disse que eu preciso caminhar e como o consultório é bem perto de casa, aproveito para seguir a orientação médica.
Na semana passada , quando eu já tinha subido a ladeira e feito a curva para depois atravessar a rua, vi as flores amarelas caídas por sobre o muro da casa.
Eram as mesmas flores que enfeitavam a entrada de Eldorado. Eu tenho até uma foto da Amanda pequenininha fazendo pose embaixo da trepadeira carregada das flores amarelas.
Então eu me lembrei dos domingos que passávamos lá quando as crianças eram pequenas e me deu uma saudade...
Mas a lembrança foi mais longe e eu me lembrei do pequeno jardim da casa do Ipiranga, quando eu era pequena e que por coincidência, tinha as mesmas flores. E lembrei da minha avó Adonina dizendo carinhosamente ( pois ela nunca foi capaz de dar uma bronca) que eu não deveria estourar os botões das flores.
Isso tudo eu pensei em alguns segundos parada de frente pro muro florido. E quando voltei das divagações olhei para os lados e vi que estava sozinha.
Então me aproximei do botão mais gordo que tinha e sem dor na consciência apertei-o com força ( me desculpa, vó ). Escutei aquele "ploct" que fez parte da minha infância e me senti tão feliz!!
Aquele botão não iria dar a flor amarela tão bonita mas ele fez meu dia ser mais alegre e eu por alguns instantes voltei a ser criança novamente.