sexta-feira, 24 de abril de 2009

Amigos peludos

Na minha família as pessoas sempre tiveram cães.
Eu lembro da Violeta, da Bolinha, do Marujo, da Tuca, do Dick, da Gracy e do Tilim. mas fora esses havia outros.
Quando o Nick chegou em casa eu não queria. Aquela bolinha branca fazia xixi em todo canto e eu sabia que depois da empolgação de ter um cãozinho em casa "ia sobrar pra mim".
Mas quem é que não se deixa envolver por uns olhinhos tão lindos, pelas travessuras e acima de tudo pela amizade? Ele ficou e eu chorei quando descobri que ele era epilético.
Junto com a epilepsia vieram outros problemas e agora, com a idade, outras pequenas coisas vão aparecendo. Talvez eu perceba mais essas mudanças pois fico mais com ele.
Já está mais difícil subir no sofá e pular para pegar o ossinho. Ele procura mais o sol e fica muito tempo deitado se esquentando onde acha sua luz. Está mais manhoso e suas idas ao veterinário tem sido mais frequentes.
Mas continua sendo o amigo fiel que me espera com o rabinho abanando, que vai buscar os brinquedos quando está feliz e que fica do meu lado mesmo quando eu estou muito chata.
Hoje descobrimos que o Tob ( o cachorro da Vânia ) não fará a cirurgia que precisa, por enquanto, pois está com um probleminha no coração. E eu senti uma grande tristeza na voz da minha irmã e um medo muito grande de perdê-lo.
Como explicar essa amizade? Muitos não entendem e acham até um absurdo gastar tanto tempo e dinheiro com os bichinhos. Mas só quem convive com eles é que sabe o quanto essa amizade nos fortalece e alegra.
E apesar de eu estudar tanto sobre a linguagem oral e a sua importância, sei que o Nick se faz entender por seu jeito e por seu olhar. E sei que o amor não é, definitivamente, um sentimento exclusivo do homem.
Benditos sejam nossos amigos peludos.