Armários e gavetas vazias.
O barulho do secador, os longos minutos no chuveiro, o toque do celular...
Perfumes, cremes, xampus...
O cafezinho no final da tarde, o beijo na manhã e antes de deitar.
Cheiros e sons que eu não tenho mais no meu dia a dia.
Será essa a síndome do Ninho Vazio?
Na verdade o ninho construído nunca estará vazio pois ficará sempre aqui, esperando o pouso depois de novos vôos.
Não é tristeza, pois a minha felicidade está diretamente ligada à felicidade dos meus filhos. E se eles estão felizes eu também estou.
É um sentimento que eu ainda não tinha experimentado e porisso não sei o nome. É a vontade de dar o beijo, fazer carinho, abraçar e ter que esperar, quando antes era só esticar os braços.
Amanda, com certeza essa casa será sua para sempre e meu amor também. Existe um pouco de você em cada coisa que eu olho.
Que a sua nova vida tenha bases sólidas para resistir às dificuldades.
Você é a minha Fênix. Deus te abençoe e eu te amo para sempre.
sábado, 2 de outubro de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Recebendo notícias
Eu sempre acreditei que a vida não termina aqui. Não sei exatamente para onde vamos mas creio que pessoas queridas nos esperam e que aprendemos e evoluimos.
Mesmo assim, nunca procurei receber notícias de quem partiu. Meu pai, certa vez, mandou uma mensagem e eu acreditei que fosse ele mesmo pois foi sem que eu pedisse e ele encerrou com um gesto que sempre fazia quando estava entre nós.
Fiquei muito tempo querendo saber o que havia acontecido com o Alexandre e porque ele partiu tão cedo. Hoje sei que não terei a resposta, pelo menos enquanto eu estiver por aqui. E comecei a só querer saber se ele estava bem.
Esta semana, sem eu esperar, tive a imensa alegria de saber que tudo está bem com ele. Que a enorme saudade que sinto dele, ele também sente por mim e que procura me ajudar quando pode.
Como a Amanda escreveu, o sentimento não muda e a gente aprende a gostar de um modo diferente. E é assim que deve ser, eu acho.
Sei que enquanto eu viver não vou esquecer do Alexandre. Apesar da saudade, me conforta saber que ele está bem e que também não esquece de mim e peço a Deus que ele evolua sempre para poder nos ajudar.
Mesmo assim, nunca procurei receber notícias de quem partiu. Meu pai, certa vez, mandou uma mensagem e eu acreditei que fosse ele mesmo pois foi sem que eu pedisse e ele encerrou com um gesto que sempre fazia quando estava entre nós.
Fiquei muito tempo querendo saber o que havia acontecido com o Alexandre e porque ele partiu tão cedo. Hoje sei que não terei a resposta, pelo menos enquanto eu estiver por aqui. E comecei a só querer saber se ele estava bem.
Esta semana, sem eu esperar, tive a imensa alegria de saber que tudo está bem com ele. Que a enorme saudade que sinto dele, ele também sente por mim e que procura me ajudar quando pode.
Como a Amanda escreveu, o sentimento não muda e a gente aprende a gostar de um modo diferente. E é assim que deve ser, eu acho.
Sei que enquanto eu viver não vou esquecer do Alexandre. Apesar da saudade, me conforta saber que ele está bem e que também não esquece de mim e peço a Deus que ele evolua sempre para poder nos ajudar.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
O tempo
Hoje eu acho que as coisas estão nos seus lugares.
Se o tempo está deixando meus cabelos brancos, me fazendo mais lenta e mais chata, está também curando e cicatrizando feridas.
Hoje eu consigo enxergar novos caminhos que na verdade sempre estiveram lá. Consigo respirar aliviada quando vejo duas mãos entrelaçadas ao invés de duas mãos sozinhas. E agradeço a Deus por não ter perdido a esperança de ver novos sorrisos e sonhos.
Mas o tempo não apagará as lembranças porque elas não devem ser apagadas. Elas devem pemanecer guardadas num lugar especial do coração com carinho e sem dor. E se algumas vezes eu sentir vontade de chorar será por saudade e não por tristeza.
Se o tempo está deixando meus cabelos brancos, me fazendo mais lenta e mais chata, está também curando e cicatrizando feridas.
Hoje eu consigo enxergar novos caminhos que na verdade sempre estiveram lá. Consigo respirar aliviada quando vejo duas mãos entrelaçadas ao invés de duas mãos sozinhas. E agradeço a Deus por não ter perdido a esperança de ver novos sorrisos e sonhos.
Mas o tempo não apagará as lembranças porque elas não devem ser apagadas. Elas devem pemanecer guardadas num lugar especial do coração com carinho e sem dor. E se algumas vezes eu sentir vontade de chorar será por saudade e não por tristeza.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Sentada à beira do caminho
Por mais que eu tente, não consigo processar tantas mudanças de uma forma tão rápida.
É muito difícil para mim, que já passei dos 50, enxergar a realidade de uma forma tão diferente daquela que eu um dia sonhei.
Egoísmo? Falta de modernidade? Pode ter o nome que for e eu até me esforço para entender e aceitar mas meu coração está triste. Não tenho receio de dizer e acho que até tenho o direito de sentir o que estou sentindo.
As pessoas vão, por diversos motivos, seguindo seus caminhos e nós ficamos somente tendo notícias, olhando de longe. Mas o que fazer com o amor que sentimos? O que fazer quando os espaços ficam cada vez menores pra nós?
Não é fácil enxergar um fato novo esquecendo outros mais antigos e diferentes. Mas afinal, os sonhos eram meus e eu é que preciso dar um jeito neles. Talvez eu tenha que guardá-los naquela caixinha onde já guardei tantos outros e esquecê-los. A duras penas mas esquecê-los.
"Estou sentada à beira do caminho que não tem mais fim".
É muito difícil para mim, que já passei dos 50, enxergar a realidade de uma forma tão diferente daquela que eu um dia sonhei.
Egoísmo? Falta de modernidade? Pode ter o nome que for e eu até me esforço para entender e aceitar mas meu coração está triste. Não tenho receio de dizer e acho que até tenho o direito de sentir o que estou sentindo.
As pessoas vão, por diversos motivos, seguindo seus caminhos e nós ficamos somente tendo notícias, olhando de longe. Mas o que fazer com o amor que sentimos? O que fazer quando os espaços ficam cada vez menores pra nós?
Não é fácil enxergar um fato novo esquecendo outros mais antigos e diferentes. Mas afinal, os sonhos eram meus e eu é que preciso dar um jeito neles. Talvez eu tenha que guardá-los naquela caixinha onde já guardei tantos outros e esquecê-los. A duras penas mas esquecê-los.
"Estou sentada à beira do caminho que não tem mais fim".
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Roberto Carlos
Gosto do Roberto Carlos sim, seja ele brega ou não. E só agora, depois de mais de 40 anos é que fui assistir o show dele.
No dia 21 tive a felicidade de ouvir de perto suas músicas e quando ele entrou eu não acreditei que era ele mesmo que por todos esses anos parecia tão distante de mim.
Procurei muito uma blusa azul para vestir no dia, pois sei que é a cor predileta dele ( e minha também ) mas não achei. Então fui de branco e fiquei feliz quando ele entrou no palco do Ibirapuera de branco também.
A cada música, cenas da minha vida foram se passando como um filme. Lembrei de outras épocas, de muitas pessoas e acontecimentos. E durante todo o show, como que por mágica, eu esqueci de tudo que ficou do lado de fora. Era eu, sozinha, ouvindo e cantando aquelas canções que marcaram minha vida.
Acho que se eu pudesse dizer para ele uma palavra eu diria "obrigada". Obrigada por embalar com suas músicas meus sonhos de adolescente, por me fazer recordar de pessoas queridas e de fatos inesquecíveis.
O Ibirapuera estava lotado e eu era mais uma no meio daquele mundaréu de gente passando despercebida aos seus olhos. Mas ele encheu meu coração de felicidade e fez a minha sexta-feira ser um dia especial.
Vou lembrar esse dia para sempre.
No dia 21 tive a felicidade de ouvir de perto suas músicas e quando ele entrou eu não acreditei que era ele mesmo que por todos esses anos parecia tão distante de mim.
Procurei muito uma blusa azul para vestir no dia, pois sei que é a cor predileta dele ( e minha também ) mas não achei. Então fui de branco e fiquei feliz quando ele entrou no palco do Ibirapuera de branco também.
A cada música, cenas da minha vida foram se passando como um filme. Lembrei de outras épocas, de muitas pessoas e acontecimentos. E durante todo o show, como que por mágica, eu esqueci de tudo que ficou do lado de fora. Era eu, sozinha, ouvindo e cantando aquelas canções que marcaram minha vida.
Acho que se eu pudesse dizer para ele uma palavra eu diria "obrigada". Obrigada por embalar com suas músicas meus sonhos de adolescente, por me fazer recordar de pessoas queridas e de fatos inesquecíveis.
O Ibirapuera estava lotado e eu era mais uma no meio daquele mundaréu de gente passando despercebida aos seus olhos. Mas ele encheu meu coração de felicidade e fez a minha sexta-feira ser um dia especial.
Vou lembrar esse dia para sempre.
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